Já há algum tempo é possível compreender que o jornalismo imparcial (chamado de “jornalismo referência”) trata-se de um mito. É com base na afirmação de Eni Orlandi (2007, p. 29), de que “o ser humano está condenado a significar”, que o presente trabalho trata das práticas de linguagem no discurso midiático e de como tais práticas conduzem o leitor para um lugar de interpretação, determinando opiniões. Ferem tais práticas o disposto no art. 5 da Constituição Brasileira, o qual preconiza que até que alguém seja devidamente julgado ninguém pode ser presumido culpado. Para tal, analisamos três capas da revista Veja, um dos semanários mais lidos e de maior alcance a diferentes classes sociais no país, na busca de provar como a revista revela a SUA opinião sobre o crime e como essa postura reflete no imaginário do brasileiro.
For a certain time it is possible to understand that there is not such a thing as the impartial journalism (known as reference journalism). Based on the affirmation of Eni Orlandi (2007, p. 29) that “the human being is sentenced to significate” that the present work deals about the language practices in the media discourse and about how these practices lead the reader to a place of interpretation, determining opinions. Hurt, those practices, the provisions of Article 5 of the Brazilian Constitution, that says that until someone is properly judged, no one can be presumed guilty. To this end, we analyzed three cover pages of Veja Magazine, one of the most read magazines and that has the greater reach to different social classes in the country, seeking to prove how the magazine reveals its opinion about the crime and how this position reflects on the imagination of Brazilians.