Este estudo foi elaborado com o objetivo de descrever o perfil socioeconômico, verificar as condições de trabalho e os possíveis riscos psicossociais que os catadores de materiais recicláveis estão sujeitos em suas atividades diárias, bem como o grau de satisfação em relação ao trabalho e à convivência com os colegas e familiares. A pesquisa foi desenvolvida junto aos filiados de uma associação de reciclagem de resíduos sólidos urbanos, localizada no município de Ubá/MG. O estudo foi descritivo de corte-transversal. O levantamento dos dados foi realizado por meio da aplicação de um questionário estruturado aos catadores de materiais recicláveis, com o qual foram coletados dados sobre o perfil socioeconômico do entrevistado, composição familiar, condições de trabalho, sendo avaliados os riscos psicossociais relacionados à atividade de catação de materiais recicláveis. Os resultados demonstraram que os catadores estão expostos a inúmeros riscos e vivem em condições insalubres de trabalho; as maiores reclamações foram provenientes dos riscos ergonômicos. O perfil dos entrevistados, as condições de trabalho, juntamente com a percepção destes, assinalam circunstâncias propícias para o desenvolvimento de riscos psicossociais.
This study was designed with the purpose of describing the socioeconomic profile, verifying the working conditions and the possible psychosocial risks in which recyclable waste pickers are subject in their daily activities, as well as their degree of satisfaction with work and coexistence with colleagues and family. The research was developed with members of an association of solid urban waste recycling, located in the municipality of Ubá / MG. The study was cross-sectional descriptive. Data were collected through the application of a structured questionnaire to collectors of recyclable materials, through which data were collected on the socioeconomic profile of the interviewee, family composition, working conditions, and the psychosocial risks related to the activity of the sampling of recyclable materials. The results have shown that scavengers are exposed to numerous hazards and live in unhealthy working conditions; the biggest complaints came from ergonomic risks. The profile of the interviewees, working conditions, together with the perception of these, indicate circumstances conducive to the development of psychosocial risks.