O tema geral deste artigo é a questão da formalização em filosofia; de uma maneira mais específica, ele trata da questão da formalização de argumentos em filosofia analítica da religião. Um argumento em particular – o argumento ontológico de Anselmo encontrado no capítulo II do seu Proslógio – e uma tentativa específica de formaliza-lo – a formalização de Robert Adams encontrada em seu artigo “The Logical Structure of Anselm’s Arguments”, publicado no The Philosophical Review em 1971 – são tomados como estudos de caso. O objetivo do artigo é analisar criticamente a formalização de Adams com o propósito de lançar alguma luz nas seguintes questões: Quais são as virtudes de se analisar formalmente argumentos e as contribuições de tal empreitada para o debate acerca do argumento de Anselmo? Que lições o trabalho de Adams pode nos dar sobre os perigos e limitações da formalização em filosofia? Essas virtudes e perigos nos ensinam algo sobre análise de argumentos em geral?
The general theme of this paper is the issue of formalization in philosophy; in a more specific way, it deals with the issue of formalization of arguments in analytic philosophy of religion. One argument in particular – Anselm’s Proslogion II ontological argument – and one specific attempt to formalize it – Robert Adams’ formalization found in his paper “The Logical Structure of Anselm’s Arguments”, published in The Philosophical Review in 1971 – are taken as study cases. The purpose of the paper is to critically analyze Adams’ formalization with the intent to shed some light on the following questions: What are the virtues of formally analyzing arguments and the contributions, if any, of such an enterprise to the debate on Anselm’s argument? Which lessons can Adam’s work teach us about the dangers and limitations of formalization? Do these virtues and dangers teach us something about analysis of arguments in general?