A presença é o único ente que, de fato, ex-siste. É o único ente não-seguro, não-pronto, não-acabado, mas essencialmente cura, ou seja, cuidado, contínua busca de segurança. A condição de finitude, isto é, de que ela é mortal, finita, revela e acusa isso. Com efeito, enquanto a morte não vem, a presença continua existindo, sendo e estando na tarefa de ser sob um modo possível de ser. Sabendo que a presença é o ente que existe faticamente, isto é, está jogado no mundo. Por isso, o fato primordial da presença constitui-se propriamente em sua facticidade. Limitamo-nos aqui a entender os fenômenos “poder-ser-todo” e “decisão antecipadora”. Cabe considerar, inicialmente, que a decisão antecipadora constitui um modo privilegiado do si-mesmo da presença e o poder-ser-todo assegura a constituição ontológica originária dela. Nossa preocupação consiste em assegurar e demonstrar a unidade e totalidade originárias da presença através da interpretação desses dois fenômenos.