As relações entre espaço e sexualidade têm sido objecto de um interesse crescente pelas ciências sociais, com particular destaque para a Geografia Humana. No debate em torno da ‘epistemologia do armário’, proposta por Sedgwick (1994; 2004), e a sua espacialidade (BROWN, 2000; 2006) é reafirmado o olhar metafórico, mas territorializado, da presença do armário nas vivências urbanas da população lésbica, gay e bissexual. São apresentadas algumas da hipóteses em torno das sociabilidades homossexuais na cidade de Coimbra, salientando o facto desta população lésbica, gay e bissexual ter uma crescente visibilidade na cidade organizando-se fortemente em redes de amizade com um papel essencial nas suas sociabilidades. Deste modo, essa franja da população, constrói modelos de sociabilidade e vivência de determinados locais da cidade que funcionam como espaços de segurança e visibilidade e que têm vindo a ser apropriados por essa população.