O objetivo geral desse artigo é analisar como as questões linguísticas se desdobram na sociedade, citando como exemplo o caso do Paraguai, o único país da América Latina que possui duas línguas oficiais: o espanhol e o guarani embora no cotidiano ambas se mostrem com status distintos. O campo de conhecimento denominado como Política Linguística (PL) é relativamente novo no Brasil, entretanto, nos últimos anos têm sido desenvolvidas importantes pesquisas que tem auxiliado a compreender a dimensão da língua no território nacional e, também, em outros países como o caso que será discutido. Nesse sentido, as análises de Calvet (2002) serviram de referência para compreender o modo como o Estado intervém na sociedade elaborando PL definidas como in vitro e como as línguas são utilizadas socialmente, ou seja, in vivo, requisitando, dentre outros fatores, valorização e reconhecimento. As reflexões apresentadas a seguir foram filiadas aos estudos elaborados por autores como o já citado Calvet (2002), Colaça (2016), Raffestin (1993), Silva (2003), dentre outros.