Neste artigo, a partir de uma análise crítica sobre a produção e manutenção de infraestruturas urbanas, pretende-se revelar e analisar as “relações frágeis” entre as pessoas, as coisas e as instituições públicas e privadas que procuram governá-las. Os relatos se desenvolvem a partir de três situações na favela Santa Marta/RJ: os agenciamentos em torno das obras interrompidas de um conjunto habitacional; as incertezas e efeitos relacionados à regularização de serviços de eletricidade na favela; e o contraste sobre promessas e suspensões relacionadas ao contexto presente. O recorte temporal é o momento posterior ao encerramento dos Jogos Olímpicos 2016. Conclui-se que, apesar da criação de uma narrativa de promessas e expectativas, a sensação que permeia o cotidiano dos moradores da favela se caracteriza pela suspensão e incertezas.