Conto fantástico e conto regionalista

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Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

Conto fantástico e conto regionalista

Ano: 2012 | Volume: 8 | Número: 15
Autores: Ana Luiza Silva Camarani
Autor Correspondente: A. L. S. Camarani | [email protected]

Palavras-chave: literatura brasileira, conto, fantástico, lenda regional

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo tem por objetivo analisar os contos regionalistas ―A dança dos ossos‖, de Bernardo Guimarães e ―Assombramento‖, de Afonso Arinos como narrativas fantásticas, por meio das teorias sobre o fantástico literário de Louis Vax, Tveztan Todorov e Irène Bessière. A discussão e a análise têm como ponto de partida o artigo do crítico Jean Molino e a relação que determina entre a lenda (oral) e o fantástico (escrito), ligada à reflexão de Vax (1965), quando este assinala ter a obra fantástica uma estrutura não imutável; consequentemente, as obras modificam sem cessar a ideia que se faz do fantástico, por meio das flutuações tanto das escrituras – de uma obra à outra -, quanto das culturas – de um meio, de uma época, de uma sociedade e mesmo de um autor a outro. Os contos de Guimarães e Arinos apresentam características próprias da narrativa fantástica, entre elas a ambiguidade que define esse tipo de modalidade literária. Conclui-se, assim, que esses dois contos regionalistas são também contos fantásticos



Resumo Inglês:

This article has the objective of analyzing Bernardo Guimarães ―The bones dance‖ and Afonso Arinos ―Haunting‖, both regional short stories, as fantastic narratives through the theories about the Louis Vax, Tveztan Todorov and Irène Bessière literary fantastic. The discussion and the analysis have as starting point the article of the critic Jean Molino and the relation that determines between the legend (oral) and the fantastic (written), connected to the reflection of Vax (1965), when he points out that the fantastic work has a non-immutable structure; consequently, the works modify without stopping the idea of the fantastic through the fluctuations both of the writings -from one work to another-, and the cultures- from a place, from a time, from a society and even from one author to another. Guimarães and Arinos short stories show characteristics that are from the fantastic narrative, such as ambiguity which defines that kind of literature modality. Therefore, we can assume that these two regional short stories are also fantastic short stories.