o presente artigo propõe uma interpretação do conto ―La casa de Astérion‖, integrante da obra El Aleph, de Jorge Luís Borges, com vistas a evidenciar as reivindicações do nome, e do labirinto como lugar habitado, enquanto instâncias de construção identitária do protagonista, Astérion. Os conceitos de Desvio, na formulação conferida pelo filósofo Édouard Glissant (1997), assim como os conceitos de lugar (GLISSANT, 1996) e glocalidade (WALTER, 2008), são ora tomados como referenciais teóricos fundamentais a este trabalho. A interpretação ora proposta, operando um recorte textual que incide sobre a enunciação de Astérion em suas definições de si e do labirinto, se assenta no esforço do protagonista para definir o labirinto como casa e, nesta condição, habitá-lo e preenchê-lo de sentido.