A reestruturação produtiva no paÃs configurou-se com uma das potencializadoras de mudanças no sistema produtivo no Brasil, demandando a adoção de novas tecnologias de gestão, sendo uma delas os programas de gestão da qualidade. Nesse contexto, emergem elementos de caráter paradoxal sob a égide dos discursos de qualidade e produtividade, que são essenciais para uma discussão de crivo mais reflexivo. Este artigo contempla uma apreciação crÃtica acerca dos paradoxos entre: controle e participação, satisfação e insatisfação, flexibilidade e controle, produtividade e desemprego, prazer e sofrimento, objetividade e subjetividade. Verificou-se que os elementos: participação, satisfação, flexibilidade, produtividade, prazer e objetividade, presentes nos modelos de gestão da qualidade e discutidos neste trabalho, ganham novos contornos parecendo-se com o discurso apregoado pelas organizações, todavia, o desvelar de alguns pontos “mascarados†pela literatura, fomenta uma discussão interessante acerca da gestão da qualidade.
The productive restructuration in Brazil turned to be one of the catalysts for changes in its productive system, demanding the adoption of new management tecnologies, as the programs of quality management. In this context, paradoxal elements emerge under the discourses of quality and productivity, both essencials for a more reflexive discussion. This article regards a critical appreciation about the paradoxes between: control and participation, satisfaction and dissatisfaction, flexibility and control, productivity and unemployment, pleasure and suffering, objectivity and subjectivity. We verified that the elements: participation, satisfaction, flexibility, productivity, pleasure and objectivity, present in the models of quality management and discussed in this paper, get new shapes, being similar to the discourse made by the organizations. However, the identification of some “masked†points by the literature foments an interesting discussion about quality management.