Este ensaio mostra como, apesar da ausência de escolas públicas e privadas, os hábitos da leitura preencheram o quotidiano de certos grupos sociais de Luanda, Benguela e Novo Redondo na primeira metade do séc. XIX. Brancos, negros e mulatos partilharam indistintamente desses hábitos. Contam-se por inúmeras as bibliotecas particulares então existentes. Não tem a mínima credibilidade a tese de que só a partir de 1845, com a criação do Boletim Oficial, se começou a ler em Angola.