Este artigo apresenta as representações sociais de mulheres que acompanharam seus filhos durante o período de hospitalização em um hospital público infantil, evidenciando as implicações desse período no cotidiano das famílias. Trata-se de uma pesquisa descritiva que utilizou como técnica de coleta a entrevista semi-estruturada com amostra intencional e a análise de conteúdo como método para interpretação dos dados. As categorias elencadas na pesquisa permitiram conhecer a realidade socioeconômica e cultural das famílias, apontando as situações de vulnerabilidade em que as mesmas se encontram, sendo possível ressignificar o exercício profissional que desponta como um terreno fértil para o trabalho com famílias em uma perspectiva humanizadora, ética, criativa e propositiva. O estudo provocou um repensar nas concepções de família que subsidiam a construção de metodologias de trabalho, despertando o desejo de resgatar, tanto na intervenção, quanto na investigação da prática social, a centralidade do sujeito.
This paper discusses the social representations of women who accompanied their children during hospitalization in a children´spublic hospital, highlighting its impact on family routine. It is a descriptive study that used semistructure interviews as a data collection instrument and a content analysis approach for its interpretation. The categories emerged from the research show the socioeconomic and cultural profile of the families as well as their vulnerable situations. The study demonstrates that the professional practice is a promising field that should be performed according to a human, ethical, creative and proactive perspective. The study motivated considerations on conceptions of family that subsidy the construction of work methodologies that aim to highlight the central aspect of the participants not only in the intervention, but also in the investigations of social practices.Keywords: Social representations. Hospitalization. Routine