Este trabalho trata dos sentidos e dos significados coletivos elaborados nos rituais de maracatu, especialmente focando as vestimentas, inicialmente elementos que retratam uma cultura negra e posteriormente, agregando-se referencias à África, remetendo mais claramente a etnização. O trabalho se ancora em trabalho de campo, realizado desde 2009. Analiticamente consideramos as dimensões de gênero e classe para pensar as questões raciais, e autores que tratam especificamente do racismo e seu enfrentamento no Brasil e nas Américas. Os resultados, com dimensões provisórias e sugestão de hipóteses interpretativas, sinalizam para uma continuidade na criação de uma cultura negra, que mesmo não sendo voltadas para o enfretamento ao racismo, é uma ancoragem da organização do movimento negro recente, o qual, por sua vez propicia e a ampliação do conhecimento sobre a África e a inclusão de referencias a este continente por meio das roupas em alguns grupos de maracatu que remetem mais claramente a etnização.
This work treat with the collective senses and meanings elaborated in maracatu rituals, especially focused on the clothes, elements that are portrayed in a black culture, and later adding references to Africa, referring more clearly to ethnicity. The work is anchored in fieldwork, carried out since 2009. Analytically, we consider the dimensions of gender and class to think about racial issues, and authors who specifically deal with racism and its confrontation in Brazil and the Americas. The results, with provisional measures and suggestions for interpretive hypotheses, signal for the creation of a black culture of unknown origin, which are not geared towards confronting racism, it is an organization anchored by the recent black movement, or which, in turn, provides and expands knowledge about Africa and includes references to this continent through clothes in some maracatu groups that refer more clearly to ethnicity.