A administração pública brasileira passou por grandes mudanças ao longo dos séculos, essas mudanças acompanharam uma nova forma de pensar sobre as organizações (racionalidade instrumental e substantiva), isso refletiu em novos formatos de gestão pública. Nesse contexto, o Sistema Único de Saúde (SUS), a partir da Constituição Federal de 1988 (CF/88), contribuiu para uma descentralização da gestão pública e fortaleceu os sistemas de redes. O questionamento necessário se faz. De que forma a reorganização do Governo Federal (através da Constituição de 1988) aconteceu e quais os principais benefícios alcançados no que tange as temáticas SUS e sistemas de rede? Este trabalho propõe que, apesar dos avanços dos modelos de administração pública, o que se observa hoje, é um sistema híbrido em que ainda prevalece um sistema patrimonialista, no qual as prefeituras e os processos de corrupção acabam por impedir a real efetivação do SUS, prejudicando assim um avanço efetivo dos sistemas de redes de saúde, assim como toda economia pertencente a esse sistema. Ademais, a cultura do “jeitinho” brasileiro acaba fortalecendo essa forma de agir.