Este artigo discorre sobre a construção profissional do professor de educação infantil, envolvendo a discussão das origens em fazeres femininos expropriados de intencionalidade profissional, as políticas de formação e as instituições envolvidas nesse processo ao longo da história. A pesquisa tem desdobramentos na perspectiva qualitativa e usou, como instrumento metodológico, um questionário de avaliação do estágio e de autoavaliação dos acadêmicos com o intuito de perceber (ou não) suas resistências sobre o trabalho na creche e na pré-escola.Pode-se constatar que existem especificidades no trabalho do professor da educação infantil, contudo os currículos de pedagogia seguem privilegiando o trabalho com crianças maiores, além disso, os sujeitos da pesquisa mostraram palpáveis sinais de resistência em se tornarem docentes da educação infantil em virtude da construção sócio-histórica do perfil desse profissional
This article discusses the professional construction of the preschool teacher, involving the discussion of its origins in female practices expropriated from professional intentionality, the training policies and the institutions involved in this process throughout history. The research has unfolded in the qualitative perspective and has used, as a methodological instrument, a questionnaire to assess students’ internship and self-assessment with the aim of perceiving (or not) their resistance to work in daycare and in preschool. It was verified that there are specificities in the work of the preschool teacher, but pedagogical curricula continue to favor work with older children. In addition, the research subjects showed palpable signs of resistance in becoming teachers of early childhood education due to the social and historical construction of the profile of this professional.