Neste artigo, apresentamos parte da pesquisa realizada em nível de doutorado acerca da história da precarização do trabalho docente na SEE-SP. À luz da História Social do Trabalho, investigamos as categorias de salários, jornadas e contratos e aqui destacamos as formas pelas quais a flexibilização contratual, engendrada pela SEE-SP, construiu um ambiente de insegurança e instabilidade que pode ser sentida não apenas pelo (grande) número de professores com contratos temporários, mas inclusive por professores efetivos e estáveis, expressas em seus sentimentos acerca das atribuições anuais de aula e das constantes mudanças nas normas que regem à docência. Esperamos, com isso, contribuir na compreensão de processos gerais que concorrem para a desestabilização da classe trabalhadora no atual estágio do capitalismo, defendendo a presença do professor como sujeito do trabalho para a historiografia e para a luta por sua emancipação.
In this article, we present part of the research conducted at the doctoral level about the history of casualization of teaching in SEE-SP. From the perspective of social work history, we investigate the categories of wages, hours and contracts, and here we highlight the ways in which the contractual flexibility engendered by SEE-SP, built an environment of insecurity and instability that can be felt not only by the (large ) number of teachers with temporary contracts, but even by effective and stable teachers, expressed their feelings about the annual class assignments and constant changes in the rules governing the teaching profession. We hope, therefore, contribute to the understanding of general processes that contribute to the destabilization of the working class at the present stage of capitalism, defending the presence of the teacher as subject of work to historiography and the struggle for their emancipation.