O objetivo neste estudo foi avaliar a contribuição da comunidade científica do Brasil para a geração de conhecimento sobre suas áreas protegidas, bem como identificar a existência de grupos de pesquisa que têm por foco o uso público dessas áreas. Para isso, realizou-se uma busca sistemática na base de dados do Diretório de Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil. Encontraram-se 177 grupos de pesquisa em áreas protegidas, formados por 3872 integrantes, entre pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, além de técnicos; de diferentes áreas do conhecimento científico, distribuídos em todo o país, porém com concentração nas regiões sudeste e sul do Brasil, vinculadas principalmente às instituições federais de ensino, com sólida formação acadêmica e de considerável produção científica. No entanto, poucos são os grupos pesquisam o uso público das áreas protegidas, havendo um grande espaço para atuação de novos pesquisadores. A partir dos resultados, recomenda-se o incentivo governamental à formação de grupos de pesquisa nas regiões menos representadas, ao estudo do uso público das áreas protegidas e também a adoção de estratégias para a divulgação dos conhecimentos produzidos para além da academia
The objective of this study was to assess the contribution of the Brazilian scientific community to knowledge generation concerning Brazilian protected areas and to identify research groups focused on the public use of such areas. A systematic search was performed in the database of the Research Groups Directory of the National Council for Scientific and Technological Development (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), an organization under the Brazilian Ministry of Science, Technology and Innovation (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação). The search yielded 177 research groups on protected areas, formed by 3872 members, including researchers, undergraduate students, graduate students, and technicians from different areas of scientific knowledge distributed across the country. However, the research groups were concentrated in the southeast and south of Brazil. They were mainly linked to federal educational institutions, and they had a strong academic background and considerable scientific production. However, few groups study the public use of protected areas; thus, there is space for new research in this area. Based on the results, government incentives for the formation of research groups in the less represented regions to study the public use of protected areas and for the adoption of strategies to disseminate knowledge produced beyond academia are recommended.