O presente trabalho procura discutir a construção de uma memória da imprensa na cidade de Sobral, estado do Ceará, a partir do imaginário constituído em torno dos jornalistas Vicente Loyola e Deolindo Barreto Lima, partindo da constatação de que a memória oficial local atribui estatutos diferenciados a cada um. Para Vicente Loyola ficou a imagem do enfermo, intruso em uma arena jornalística antes dominada por bacharéis e doutores; Deolindo Barreto, pelas circunstâncias de sua morte violenta, ocupou lugar de maior destaque no imaginário local, recebendo o estatuto de mártir, o protótipo do jornalista destemido. Interessa-nos perceber as tramas da construção de duas memórias tão distintas para dois jornalistas cujas vidas foram dedicadas ao jornalismo sertanejo. Serviram-nos de fontes os jornais “O Rebate”, de Vicente Loyola, e “A Lucta”, de Deolindo Barreto, disponíveis no sítio da Biblioteca Nacional na internet.
This paper discusses the construction of a press memory in the city of Sobral, state of Ceará, from the imaginary constituted around journalists Vicente Loyola and Deolindo Barreto Lima starting from the fact that the local official memory assigns different status to each of them. It set established to Vicente Loyola the image of an infirm , intruder in a journalistic arena previously dominated by graduates and doctors; Deolindo Barreto, by the circumstances of his violent death, occupied more prominent place in the imaginary place, receiving the martyr status, the prototype of fearless journalist. We are interested in realizing the plots of the construction of two such different memories for two whose lives were dedicated to backcountry journalism. It has been a resource to us the newspaper "O Rebate", by Vicente Loyola, and "A Lucta", by Deolindo Barreto, available on the website of the National Library on the Internet.
Este artículo discute la construcción de una memoria de la prensa en la ciudad de Sobral, estado de Ceará , de los imaginarios constituidos en torno a los periodistas Vicente Loyola y Deolindo Barreto Lima a partir del hecho de que la memoria oficial local asigna diferentes estatutos cada uno. Para Vicente Loyola era la imagen del paciente, intruso antes de que un ámbito periodístico dominado por licenciados y doctores; Deolindo Barreto, por las circunstancias de su muerte violenta, ocupaba el lugar más prominente en el lugar imaginario, recibiendo la pecha de mártir, el prototipo del periodista valiente. Estamos interesados en la comprensión de las tramas de la construcción de dos memorias diferentes para dos personas cuyas vidas fueron dedicadas a lo periodismo sertanejo. Sirvieron nos como fuentes el semanal "O Rebate" de Vicente Loyola, y "A Lucta" por Deolindo Barreto, disponible en el sitio web de la Biblioteca Nacional.
