Este estudo tem como objetivo principal sistematizar novas questões referentes à complexidade das ações dos agentes sociais na construção do espaço contemporâneo, e que vem interferindo, de maneira significativa, na forma como o Estado vem realizando o processo de intervenção no território. Os eixos analíticos do estudo serão constituídos pelo novo patamar de acumulação que constitui a globalização, os grandes agentes econômicos internacionais e as novas referências da chamada lógica civilizatória, na qual emergem sujeitos sociais que ao buscarem romper com idéia dominante de desenvolvimento e de crescimento, vêm construindo novas formas de lidar com a natureza, com o território e com o trabalho, estabelecendo a alteridade, a partir da luta pela sua legitimidade. A compreensão teórica dos novos movimentos sociais possibilitou um melhor entendimento do papel histórico destes agentes na construção contemporânea do espaço e das suas relações com o vetor ecológico e o desenvolvimento sustentável. Para finalizar, realizamos uma análise histórica das intervenções do Estado brasileiro na construção do território nacional, buscando identificar a complexidade dos agentes da sociedade civil, e as possibilidades e os limites da constituição de um projeto geopolítico através de um novo pacto social, que resguardando as diferenças, consideram-se as territorialidades dos setores sociais historicamente excluídos do processo de desenvolvimento.