O Medievo Ibérico foi palco de inúmeros conflitos armados, mas foi em seus períodos centrais – séculos XI ao XIII – que eles tornam-se mais frequentes, período esse denominado por grande parte da historiografia como o momento áureo da Reconquista. Dentro desse processo, vários agentes tornaram-se característicos, inclusive aqueles que, aos olhos contemporâneos, não poderiam formalmente envolver-se nesse tipo de conflito, como é o caso do Clero. É visando essa categoria que o presente artigo busca se inserir, procurando suprir lacunas e trazendo um maior aporte à discussão que já vem sendo travada acerca do contexto bélico Ibero Medieval e de que maneira os membros da Igreja participavam desses conflitos armados.