O artigo analisa as representações de homem e de natureza que circulam nos filmes de animação da série Madagascar produzidos nos anos de 2005, 2008 e 2012. Tem como objetivo discutir o modo como são produzidas certas verdades a respeito da relação entre homem e natureza e a forma como estas instituem determinados modos de ser sujeito na contemporaneidade. Assumimos como referencial teórico o campo dos Estudos Culturais na vertente pós-estruturalista, operando modestamente com o conceito de problematização desenvolvido pelo filósofo Michel Foucault, traçando uma interlocução com autores do campo da Educação Ambiental. As análises do corpus empírico indicam a mídia cinematográfica como produtivo artefato da cultura que, numa sociedade atravessada por certa vontade de pedagogia, reforça o papel central ocupado pelo homem na relação que estabelece com a natureza, reatualizando o ideal moderno antropocêntrico.
This paper analyses the varied representation of man and nature that is presented in animation movies of Madagascar series, made in 2005, 2008, and 2012. It has as objective the discussion of the way that some truths are produced when it comes to the relation between man and nature and how they institute determined manners of being a subject in contemporaneity. We assumed as theoretical reference the area of Cultural Studies in the line of post-structuralism, working modestly with the concept of problematizations developed by the philosopher Michel Foucault, drawing an interlocution with authors of Environmental Education area. The analysis of the empirical corpus indicates the cinematographic media as a productive artefact of culture that, in a society crossed by certain desire for pedagogy, reinforces the central function occupied by men in their relation established with nature, updating again the anthropocentric modern ideal.