Que sociabilidade se pretende criar ao se acorrentar um drogadito? Uma Análise das declarações dos acorrentadores

Revista Orbis Latina

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ISSN: 2237-6976
Editor Chefe: Prof. Dr. Gilson Batista de Oliveira
Início Publicação: 01/12/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Que sociabilidade se pretende criar ao se acorrentar um drogadito? Uma Análise das declarações dos acorrentadores

Ano: 2020 | Volume: 10 | Número: 3
Autores: Ricardo Cortez Lopes, Aline Bernardi Capriolli, Aline Andreia Arpini
Autor Correspondente: Ricardo Cortez Lopes | [email protected]

Palavras-chave: acorretamento; drogadição; socialização

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Casos de viciados em diversos tipos de drogas sendo acorrentados em suas casas ganharam bastante notoriedade na imprensa nos últimos anos no Brasil. O intuito da pesquisa, de enfoque quanti-qualitativo, foi compreender o fenômeno em termos de estudos sobre socialização, buscando investigar que tipo de subjetividade um acorrentador pretende engendrar no acorrentado. O primeiro passo foi montar e analisar um banco de dados em 75 ocorrências com o objetivo de captar regularidades no fenômeno. Posteriormente, foram analisadas, em uma perspectiva quantitativa, declarações dos acorrentadores.  Do material coletado foi possível derivar uma análise mais global: a corrente se mostrou como uma maneira de limitar o acesso do doente à socialização toxicômana e nutri-lo da socialização familiar. Nessa relação, por vezes, emerge um apelo por uma socialização estatal. Assim, a corrente se torna um reestabelecimento do cordão umbilical, um reinício.



Resumo Inglês:

Cases of addicts of various types of drugs being chained in their homes have gained considerable notoriety in the brazilian press in recent years. The research, with a quanti-qualitative focus, search for to understand the phenomenon in terms of studies about socialization, investigating what kind of subjectivity a chainer intends to engender in the chained. The first step was to set up and analyze a database on 75 occurrences in order to capture statistical regularities. Subsequently, we made statements about the chainers were analyzed in a quantitative perspective. Since the material was collected, it was possible to derive a more global analysis: the current proved to be a way of limiting the patient's access to drug addict socialization and nourishing him restarting a family socialization. In this relationship, sometimes an appeal for state socialization emerges as well. Thus, chain becomes a reestablishment of the umbilical cord.

Keywords: chaining; drug addiction; socialization.