Neste artigo, apresentamos parte da investigação que temos feito acerca da fama de duas específicas personagens femininas do início do período imperial romano: Agripina Maior e Lívia Drusila. Para tanto, discutimos múltiplas apresentações dessas figuras nas narrativas de Tácito e Suetônio, posteriores ao período Júlio-Cláudio sob o qual tais mulheres viveram. Analisamos como a construção ou reconstrução da fama ligadas às duas personagens convergem, nos Anais e nas Vidas dos doze césares, para uma alteração das condições ético-morais dessas mulheres. A alteração da fama de ambas é ocasionada pela morte de seus respectivos maridos. Ao tornarem-se viúvas, ambas se transformam nas narrativas: o padrão geral é que, de esposas virtuosas, elas passam a ser apresentadas como mães ambiciosas e movidas por vícios e poder. Neste sentido, delineamos, para estes dois casos, uma passagem da fama à infâmia por meio de balizas relacionadas ao matrimônio e maternidade.
This article presents part of the research we have done on the fame of two specific female characters of the early Roman imperial period: Agrippina Maior and Livia Drusila. Therefore, multiple presentations of these figures are discussed in the Tacitus and Suetonius narratives after the JulioClaudian period under which these women lived. It is analyzed how the construction or reconstruction of the fame linked to the two characters converge, in the Annals and the Lives of the twelve Caesars, for a change in the ethical and moral conditions of these women. The change in their fame is caused by the death of their respective husbands. When they became widows, they both became narratives: the general pattern is that from virtuous wives, they are presented as ambitious mothers, driven by vice and power. In this sense, it is outlined, for these two cases, a passage from fame to infamy through beacons related to marriage and maternity.
Este artículo presenta parte de la investigación que hemos realizado sobre la fama de dos personajes femeninos específicos del inicio del período imperial romano: Agrippina Maior y Lívia Drusila. Con este fin, se discuten múltiples presentaciones de estas figuras en las narraciones de Tácito y Suetonio posteriores al período Julius-Claudius en que vivieron estas mujeres. Analizamos cómo la construcción o reconstrucción de la fama vinculada a los dos personajes convergen, en los Anales y en las Vidas de los doce Césares, para un cambio en las condiciones éticas y morales de estas mujeres. El cambio en sus famas es causado por la muerte de sus respectivos esposos. Cuando se convierten en viudas, ambas se transforman en narrativas: el patrón general es el de las esposas virtuosas, ellas pasan a ser presentadas como madres ambiciosas, impulsadas por vicios y poder. Así, delineamos, para estos dos casos, un pasaje de la fama a la infamia a través de balizas relacionadas con el matrimonio y la maternidad.