Sou professora da escola Serafim da Silva Salgado, leciono há 2 anos a disciplina de Ensino Religioso e percebi que trabalhar a disciplina requer trabalhar não apenas a religião afrodescendente, mas também envolve trabalhar a compreensão do respeito à vida e por conseguinte ao outro, independente de raça, cor ou credo. Nossa escola possui casos de agressão verbal por questão da cor, bem como, o desconhecimento sobre as religiões afrodescendentes. Resolvi trabalhar essas questões. Com os alunos de 6º ano, discutimos por meio da sensibilização a música "Ninguém é igual a ninguém", mostrando que é na diferença que somos mais fortes; trabalhei também a importância do transcendente para cada religião e o assistir ao filme "Iemanjá Yemoja: A Criação das Ondas" na 11ª Mostra Cinema e Direitos Humanos. Com os alunos do 7 ano, trabalhei também a sensibilização do Ninguém é igual a ninguém, o filme "Imagine uma Menina com Cabelos de Brasil" na 11 Mostra Cinema e Direitos Humanos; bem como, símbolos ritos e festas religiosas afro-brasileiras. Com os alunos do 9º ano, trabalhei o estudo mais aprofundados sobre a relação do sincretismo religioso dentro da história brasileira formadores do Candomblé e a Umbanda. Foi trabalhado os artigos dos Direitos Humanos com os 9º anos e a análise de notícias para que os alunos refletissem sobre a situação de agressão ou não a igualdade de direitos independente de raça, credo, cor, opção política, sexo; esse trabalho culminou numa produção de um jornalzinho. Com os oitavos e nonos também houve uma abordagem envolvendo um refletir sobre a situação do preconceito e direitos humanos que negros sofrem no Brasil e mundo por meio do assistir ao filme "Humano - uma viagem pela vida" na 11ª Mostra Cinema e Direitos Humanos.