Seleção de espécies tolerantes para a fitorremediação de solo contaminado com imazapic

Revista de Ciências Agroveterinárias

Endereço:
Avenida Luiz de Camões - 2090 - Conta Dinheiro
Lages / SC
88520000
Site: https://www.udesc.br/cav/rca
Telefone: (49) 3289-9152
ISSN: 2238-1171
Editor Chefe: Veraldo Liesenberg
Início Publicação: 30/06/2002
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Agrárias

Seleção de espécies tolerantes para a fitorremediação de solo contaminado com imazapic

Ano: 2020 | Volume: 19 | Número: 2
Autores: Simonny Montthiel Araújo Vasconcelo, Adriano Jakelaitis, Mailon Lucas Meurer Costa, Romário Rodrigues Cunha de Oliveira, Vanessa Silva Santos
Autor Correspondente: Adriano Jakelaitis | [email protected]

Palavras-chave: imidazolinonas, metabolismo, persistência, fitointoxicação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O imazapic por apresentar longo efeito residual no solo pode ocasionar intoxicação visual em culturas sensíveis semeadas em rotação, além de representar riscos ecotoxicológicos em ambientes aquáticos. Diante disso, a fitorremediação é uma proposta inovadora como método alternativo para a remoção de poluentes orgânicos, sendo o sucesso da técnica dependente da seleção criteriosa de plantas com características favoráveis. O objetivo do estudo foi de identificar espécies de plantas tolerantes ao imazapic para potencial uso em programas de fitorremediação. Foram conduzidos oito experimentos em casa de vegetação climatizada com as espécies, Panicum maximum, Crotalaria juncea, Stylosanthes spp., Cajanus cajan, Dolichos lablab, Pennisetum glaucum, Mucuna aterrima, Raphanus sativus e cinco doses de imazapic (0; 58,33; 87,5; 175 e 350 g ha-1). Os tratamentos foram delineados em blocos ao acaso com quatro repetições. Aos 30 e 60 dias após a emergência das plantas foram avaliados os sintomas de intoxicação visual, altura e a massa seca das plantas, determinada ao término do experimento. As espécies M. aterrima, C. cajan e D. lablab não apresentaram sintomas visuais de fitointoxicação. M. aterrima foi a que promoveu maior produção de massa seca quando cultivada como testemunha e a exposição ao imazapic pouco afetou essa característica. Nas espécies tolerantes, a redução da altura e massa seca exigiu doses maiores, embora os resultados não tenham sido significativos para D. lablab e C. cajan. Entre essas espécies, M. aterrima se destacou pela alta produção de biomassa, sendo promissora na fitorremediação de sítios com resíduos do imazapic.



Resumo Inglês:

Imazapic can cause visual intoxication in sensitive crops sown in rotation given its long residual effect in the soil and represents ecotoxicological risks in aquatic environments. In this scenario, phytoremediation is an innovative proposal as an alternative method for removing organic pollutants, with its success depending on the careful selection of plants with favorable characteristics. The objective of this study was to identify imazapic-tolerant plant species for potential use in phytoremediation programs. Eight experiments were conducted in a greenhouse using the species Panicum maximum, Crotalaria juncea, Stylosanthes spp., Cajanus cajan, Dolichos lablab, Pennisetum glaucum, Mucuna aterrima, and Raphanus sativus, considering five doses of imazapic (0; 58.33; 87.5; 175 and 350 g ha-1). The treatments were delineated in randomized blocks with four replicates. The symptoms of visual toxicity, height, and dry mass of the plants were determined at 30 and 60 days after plant emergence and at the end of the experiment. The species M. aterrima, C. cajan, and D. lablab presented no visual symptoms of phyto-intoxication. M. aterrima promoted greater dry mass production when cultivated as a control, and exposure to imazapic did not affect this characteristic. Height and dry mass reduction required higher doses in tolerant species, although the results were not significant for D. lablab and C. cajan. Among the studied species, M. aterrima stood out for its high biomass production, promising phytoremediation of sites with imazapic residues