“
Andar de lado para não andar para
trás
”
. Essa frase não
tem saído da minha cabeça ultimamente.
Explico.
Resgatando um hábito de infância, tirei da gaveta um velho
jogo de tabuleiro na busca por bons momentos de
convivência familiar
em meio
à
pandemia
. O peão, na maior
parte das vezes, avan
ça conforme os dados rolam. No
entanto, as adversidades que surgem no caminho muitas
vezes fazem com que a gente retroceda
a
lgumas
casas no
jogo.
Ninguém gosta de andar para trás. Nem mesmo
d
e
brincadeira
. Agora, imagina na vida real.
As
U
niversidades públicas
brasileiras
me parecem fazer
parte de um grande jogo de tabuleiro, onde tempo perdido
significa prejuízos irreparáveis para gerações de estudantes
que buscam inclusão social na educação. Quando os dados
do jogo político estão favoráve
is, grandes avanços ocorrem
.
Quando os dados se revoltam, o resultado pode ser
desastroso.
A democracia brasileira mostra sinais de fragilidade
frente
ao autoritarismo
e
à
corrosão das instituições democráticas.
Em que pese
todas as garantias constitucion
ais, as
universidades públicas não estão imunes. Os ataques são
vários: esgarçamento dos recursos, enfraquecimento das
instituições de fomento, desorganização geral do MEC,
campanhas de ódio
,
desinformação e
a
desestabilização
política
das
U
niversidades
co
m a indicação
de reitores com
pauta dissonante
da
comunidade acadêmica.
Nesse ambiente desafiador, as forças democráticas ainda
formam boa maioria dentro das
U
niversidades públicas. No
entanto, o momento pede
atenção máxima,
união e
participação
,
para qu
e o peão não se perca e o jogo
não
se
acabe. Infelizmente, comunidades acadêmicas têm
focado
boa parte de seu tempo e energia
no
combate de pautas
obscurantistas, muitas vezes impulsionadas dentro das
próprias instituições. Quando temos sucesso, percebemos
que todo o tempo, suor e saúde investido
s
apenas permiti
ram
que o peão não
retrocedesse
algumas casas
no tabuleiro
.
Dessa forma, andamos de lado e perdemos de vista um futuro
repleto de possiblidades
.
A lógica
que vem sendo
imposta às
U
niversidades e, por
consequência, à vida das pessoas e ao desenvolvimento de
regiões, é cruel e inaceitável. Nunca foi tão importante que
representantes de faculdades, cursos e categorias
a
l
inhados
à
construç
ão democr
ática da universidade
conheçam
com
profundidade
as normas internas e externas que regem as
U
niversidades. D
eve
-
se buscar a aprovação de resoluções ou
de adendos que minem ações pouco simpáticas ao jogo
democrático e, também, oferecer respostas rápidas
e
assertivas
às ações autoritárias.
E
spero que em breve, possamos superar o medo de andar
para trás e focar no
ssas energias em pautas construtivas e de
alto impacto social. Quando esse tempo chegar, e vai chegar,
a maldade e
a insignificância darão lugar ao que é de direito
às U
niversidades: a construção coletiva de pautas plu
rais,
alinhadas ao desenvolvimento
cient
ífico,
tec
nológico e à
formação crítica
“
Andar de lado para não andar para
trás
”
. Essa frase não
tem saído da minha cabeça ultimamente.
Explico.
Resgatando um hábito de infância, tirei da gaveta um velho
jogo de tabuleiro na busca por bons momentos de
convivência familiar
em meio
à
pandemia
. O peão, na maior
parte das vezes, avan
ça conforme os dados rolam. No
entanto, as adversidades que surgem no caminho muitas
vezes fazem com que a gente retroceda
a
lgumas
casas no
jogo.
Ninguém gosta de andar para trás. Nem mesmo
d
e
brincadeira
. Agora, imagina na vida real.
As
U
niversidades públicas
brasileiras
me parecem fazer
parte de um grande jogo de tabuleiro, onde tempo perdido
significa prejuízos irreparáveis para gerações de estudantes
que buscam inclusão social na educação. Quando os dados
do jogo político estão favoráve
is, grandes avanços ocorrem
.
Quando os dados se revoltam, o resultado pode ser
desastroso.
A democracia brasileira mostra sinais de fragilidade
frente
ao autoritarismo
e
à
corrosão das instituições democráticas.
Em que pese
todas as garantias constitucion
ais, as
universidades públicas não estão imunes. Os ataques são
vários: esgarçamento dos recursos, enfraquecimento das
instituições de fomento, desorganização geral do MEC,
campanhas de ódio
,
desinformação e
a
desestabilização
política
das
U
niversidades
co
m a indicação
de reitores com
pauta dissonante
da
comunidade acadêmica.
Nesse ambiente desafiador, as forças democráticas ainda
formam boa maioria dentro das
U
niversidades públicas. No
entanto, o momento pede
atenção máxima,
união e
participação
,
para qu
e o peão não se perca e o jogo
não
se
acabe. Infelizmente, comunidades acadêmicas têm
focado
boa parte de seu tempo e energia
no
combate de pautas
obscurantistas, muitas vezes impulsionadas dentro das
próprias instituições. Quando temos sucesso, percebemos
que todo o tempo, suor e saúde investido
s
apenas permiti
ram
que o peão não
retrocedesse
algumas casas
no tabuleiro
.
Dessa forma, andamos de lado e perdemos de vista um futuro
repleto de possiblidades
.
A lógica
que vem sendo
imposta às
U
niversidades e, por
consequência, à vida das pessoas e ao desenvolvimento de
regiões, é cruel e inaceitável. Nunca foi tão importante que
representantes de faculdades, cursos e categorias
a
l
inhados
à
construç
ão democr
ática da universidade
conheçam
com
profundidade
as normas internas e externas que regem as
U
niversidades. D
eve
-
se buscar a aprovação de resoluções ou
de adendos que minem ações pouco simpáticas ao jogo
democrático e, também, oferecer respostas rápidas
e
assertivas
às ações autoritárias.
E
spero que em breve, possamos superar o medo de andar
para trás e focar no
ssas energias em pautas construtivas e de
alto impacto social. Quando esse tempo chegar, e vai chegar,
a maldade e
a insignificância darão lugar ao que é de direito
às U
niversidades: a construção coletiva de pautas plu
rais,
alinhadas ao desenvolvimento
cient
ífico,
tec
nológico e à
formação crítica