Tendo declarado que sem Georges Duby e sem a “Nouvelle Histoire” não teria escrito romances centrais em sua obra romanesca, o encontro do escritor português José Saramago com o pensamento e a escrita dessa historiografia deu-se, todavia, por meio de uma faceta pouco conhecida do Nobel de Literatura de 1998, a de tradutor. Foi por meio dessa atividade que, em finais dos anos de 1970, José Saramago estabeleceu primeiros contatos com o fazer historiográfico que o marcou de modo profundo. Este texto busca dar a ler alguns elementos desse encontro, alguns modos como a trama da ficção de José Saramago cruzaram-se com a urdidura da história segundo Georges Duby.
Having declared that without Georges Duby and without the “Nouvelle Histoire” he would not have written central novels in his romanesque work, the meeting of the portuguese writer José Saramago with the thought and the writing of this historiography happened, however, through a little facet known by the Nobel Literature Prize of 1998, the one of translator. It was through this activity that, in the late 1970s, José Saramago established his first contacts with the historiographic making that marked him profoundly. This text seeks to give read some elements of this encounter, some ways as the plot of the fiction of José Saramago crossed with the warp of the story according to Georges Duby.