O casario e os ícones que compõem a imagem visível na tela Largo do Rosário, da artista plástica Goiandira do Couto, obra de 1976, desvelam uma vista urbana panorâmica da Cidade de Goiás, por meio de uma das ruas mais prestigiadas desde o século XVIII. Este artigo trata de uma remontagem histórica e visual, que privilegia a comparação entre imagens, as quais expõem o visível e o “invisível” nesse espaço de sociabilidades locais e, de igual modo, intitulam a pintura em estudo. A partir das obras em gênero paisagem, opção estética dessa artista, inicia-se sua segunda fase artística,sobressaindo-se pelo uso da técnica de colagem de areia colorida e cola à base d´água. Aventamos a hipótese de que seu pertencimento aos grupos constituintes da elite local é justificativa para as opções pictóricas de Goiandira do Couto, uma vez que suas subjetividades pelo “invisível” silenciam a presença das identidades urbanas desta urbe colonial.
The houses and icons that compose the visible image on Largo do Rosário, by the artist Goiandira do Couto, a 1976 artwork, unveil a panoramic urban view of the “Cidade de Goiás”, through one of its most prestigious streets since the eighteenth century. This article deals with a historical and visual reassembly, which focuses on the comparison between images which expose the visible and the "invisible" in this local sociability space and, likewise, entitle the painting under study. From the works of the landscape genre, which was the aesthetic option of this artist, begins a second artistic phase in which excels the use of colored sand collage technique and waterbased glue. We suggest that her belonging to the local elite groups is the supposed justification for the pictorial options Goiandira do Couto, since her subjectivities by the 'invisible' silence about the presence of urban identities of this colonial metropolis.