Este artigo pretende analisar parte das quebras de paradigmas e percepções sociais desde os primeiros museus, assim como o conceito eurocêntrico e colecionista distante da pluralidade atual, até as discussões sobre a relevância enquanto espaço público representativo da cultura afro-brasileira tendo o papel decolonial enquanto espaço não formal de aprendizagem que, por vezes, estão perdidos no anacronismo conservador de um formato que não dialoga com os sujeitos que se propõem a refletir. A investigação utiliza da revisão narrativa de literatura como aporte metodológico, embasada em autores da museologia, educação patrimonial, identidade cultural afro-brasileira e estudos decoloniais. Diante disso, o resultado obtido no estudo possibilitou desenhar reflexões sobre a reconfiguração dos espaços museais que permitam, quando concebido criticamente, ter na sua potencialidade transformadora a oportunidade de reparar apagamentos históricos por meio de ações para visibilidade de uma diversidade cultural que realmente represente a sociedade do seu tempo.