Tomando Belém como cenário principal para o contexto deste trabalho, tem-se, com o apogeu da comercialização da borracha e a criação do Museu Paraense, um incremento científico na região, que almejava ser a Paris na Amazônia. Neste período, Belém vai do ápice à crise da comercialização da goma elástica, turbulências sociais tornam-se mais frequentes e as desigualdades latentes. Este contexto não passa impune ao olhar de Bruno de Menezes. O intelectual se vale da sua escrita, artística e politicamente engajada, para desvelar e se opor ante as diferenças sociais. Uma escrita de rexistência que, assim como a ciência antropológica no mesmo período, busca dirimir as discrepâncias existentes no cotidiano das sociedades amazônicas. Desta maneira, a presente pesquisa intenta relacionar os caminhos da ciência antropológica com os de Bruno de Menezes para incluir o nome do intelectual belenense enquanto figura importante para a consolidação de um fazer antropológico na/da Amazônia.