Em Flores artificiais (2014), Luiz Ruffato explora os sentidos contraditórios da migração no contexto atual do mundo globalizado, desvelando, nos interstícios dos diversos deslocamentos, encontros fu rtivos e dos laços afetivos frágeis que experimentam os personagens, a despersonalização e o desenraizamento como signos da situação do sujeito na contemporaneidade. A obra promove uma espécie de “jogo de superfícies”, dando a ver, através do narrador - pers onagem, Dório Fineto, a constituição de um sujeito vazio de histórias próprias, enquanto que saturado de histórias alheias. Com base em abordagens teóricas de autores como Michel Maffesoli, Marc Augé, Walter Benjamin e Zygmunt Bauman, desenvolvemos, neste artigo, uma análise desse livro de Ruffato, relacionando a ele uma série de signos representativos da crise que marca o sujeito na contemporaneidade.
In Flores artif iciais (2014), Luiz Ruffato explores the contradictory meanings of migration in the current context of the globalized world, revealing, in the interstices of various displacements, furtive encounters and fragile affective ties experienced by the characters , the depersonalization and the uprooting as signs of the subject condition in the contemporaneity. The book promotes a kind of "game of surfaces", showing, through the narrator - character, Dório Fineto, the constitution of an empty subject of his own stori es, while saturated with stories of others. Based on theoretical approaches by authors such as Michel Maffesoli, Marc Augé, Walter Benjamin and Zygmunt Bauman, we have developed, in this article, an analysis of Ruffato's book, considering it as a series of representative signs of this crisis of the subject in the contemporaneity.