O artigo discute a relação entre as empresas patrocinadoras do Circuito Liberdade, importante centro cultural na cidade de Belo Horizonte, e as práticas sociais implementadas pelos públicos na região. Analisa-se o local como um espaço público marcado por atravessamentos e resistências. Utiliza-se da contribuição conceitual de Ranciére (2015) para mostrar a convivência de um comum partilhado e de vários pequenos comuns exclusivos e por vezes excludentes. E do conceito de públicos de Dewey (2004) e de Quéré (2003) para discutir os públicos que se dão a ver no local a partir das experiências e dos acontecimentos vividos. Pretende-se mostrar que para além do processo contemporâneo de espetacularização das cidades, responsável por atender aos interesses de certos grupos de poder, os resultados da patrimonialização demostram uma relação de luta e de resistência por parte dos cidadãos.
The article discusses the relationship between the companies sponsoring Circuito Liberdade, an important cultural center in the city of Belo Horizonte, and the social practices implemented by the public in the area. The site is analyzed as a public space marked by crossings and resistance. Ranciére’s (2015) conceptual contribution is used to show the coexistence of a shared common and several small exclusive and sometimes exclusionary common – and from the publics’ concept by Dewey (2004) and Quéré (2003) to discuss the public that are seen on the location from experiences and events lived. It is intended to show that, in addition to the contemporary process of cities spectacularization, responsible for meeting the interests of certain power groups, the patrimonialisation results show a re.lationship of struggle and resistance on the citizens’ part