A contabilidade, pelas suas normas e procedimentos de registro e armazenagem de dados, é fonte geradora de informações patrimoniais, econômicas e financeiras. Através do estudo apropriado dessas informações, o contador detecta os problemas das pessoas jurídicas, averiguando suas causas, suas conseqüências, seus sintomas, sua natureza, para oferecer e recomendar procedimentos aos gestores dessas pessoas, visando a solução dos problemas surgidos. O Autor da proposta contida neste trabalho, depois de examinar como o ensino contábil é desenvolvido no Brasil (nível médio e superior), conclui pela necessidade de propor mudanças. Devido à responsabilidade que o técnico contábil assume, ao elaborar as demonstrações contábeis, pela complexa legislação que observa na geração dessas informações, e considerando que as escolas técnicas de nível médio não estão suprindo as necessidades do mercado, o ensino profissionalizante passariaa formar auxiliares de escritório. Os técnicos em contabilidade passariam a ser formados em cursos superiores de graduação tecnológica. Os cursos de Ciências Contábeis continuariam a graduar bacharéis. Contudo, segundo a proposta, haveria uma identidade de conteúdos entre o curso superior de tecnologia e os primeiros semestres do curso de bacharelado, o que faria de todo contador também um técnico. A proposta tem por objetivo enquadrar a estrutura do ensino da contabilidade nos objetivos propostos pelas Diretrizes Curriculares para o curso de Graduação em Ciências Contábeis, assegurando, ao mesmo tempo, ao portador do diploma de técnico contábil, possibilidade de ingresso em curso diretamente relacionado com o curso concluído.