Este artigo é o resultado de um processo de produção do documentário sobre as catadoras de mangaba em Natal/RN, entre 2013 e 2014. Para realizá-lo, imergimos na vida das catadoras e suas lógicas de tempo e espaço no ambiente de coleta e também onde moram. Compreendemos que há uma diferença grande quando usamos o audiovisual. A lente necessita de uma ampliação para reconhecimento das pessoas. Desta forma entendemos que o audiovisual permite uma relação intensa, que possibilita nos aprofundarmos na vida das pessoas. Pretendemos, a partir deste artigo, um exercício de compreender a etnografia da duração na construção do audiovisual . Discorreremos nas teorias da história de vida, história oral, antropologia visual e na comunicação. Para realizar este estudo, buscamos produções de documentário que utilizam a etnografia da duração para a realização de produções audiovisuais. Ao longo do trabalho deste documentário, desenvolvemos uma metodologia baseada na etnografia da duração. Para iniciar esta reflexão, utilizamos teóricos coo Grau (2002) e Eckert (2014).