Este artigo se dispõe a recuperar algumas das reflexões antropológicas brasileiras sobre o parto produzidas nos últimos anos. Ressalto, no entanto, que não se trata de um inventário exaustivo, mas de um exercício de mapeamento de etnografias que parecem, contemporaneamente, confi gurar um campo particular de pesquisa. Nesse sentido, a ideia central é sinalizar a importância e centralidade da temática, as suas implicações teóricas e possibilidades de dialogo, haja vista ser possível pensar a partir da parturição sobre pessoa, gênero, corpo e saúde no Brasil contemporâneo. Para, por último, aventar a possibilidade de uma relação recentemente tecida entre antropólogas, antropologias, partos e seus partos; algo que me parece interessante para pensarmos os limites, dilemas e singularidade da antropologia brasileira produzida na atualidade, tendo por recorte as etnografi as produzidas sobre experiências de parto, modelos de assistência ao parto, movimentos sociais e maternidades.