O artigo visa apresentar a intriga entre Filosofia e Literatura na obra levinasiana graças ao caráter genuíno de sua ética da alteridade que possibilita pensá-la como um autêntico quiasma do espírito encarnado. Trata-se de ressaltar, em primeiro lugar, a maneira de filosofar a partir da Sensibilidade e por meio da qual a intriga entre ética e linguagem se tece em função da temporalidade da sensação de outrem. Apresentam-se, em seguida, os traços literários da filosofia do autor que fazem de sua obra uma poemática, isto é, uma escrita poético-pneumática a ponto de configurá-la como uma autêntica filosofia hermenêutica pós-ontológica.