Este artigo se propõe a discutir a figura do novo terrorista enquanto uma construção política e epistêmica que se fundamenta sobre a produção histórica do Outro racial e serve de veículo à sua manutenção. Partindo de alguns fundamentos característicos à abordagem teórica em torno do conceito de novo terrorismo, discuto como a apreensão epistêmica racializada de determinadas ações violentas, ao confina-las na categoria contemporânea de terrorismo, extirpa-as de sua inteligibilidade e impede a priori a consideração de seu caráter dialógico.
This article aims to debate the figure of the new terrorist as a political and epistemic construction that is sustained upon the historic production of the Racial Other and serves as a means of its maintenance. Drawing from some groundwork proper to the theoretical approach surrounding the concept of new terrorism, I consider how the racialized epistemic seizure of certain violent actions, by confining them in the contemporary category of terrorism, extirpate them from their intelligibility and prevents them a priori of a consi- deration regarding their dialogical character.