São complexos e múltiplos os recursos e fluxos informacionais que cotidianamente visam a vincular o atendimento à saúde, com as expectativas e necessidades da população brasileira. As tecnologias digitais são competentes para processar e transladar todas as linguagens, mas mediadas por códigos, normas e padrões. Elas tanto inscrevem suas lógicas operacionais sobre os contextos em que atuam, como são contaminadas pelas demarcações regulatórias organizacionais. O desenho e implementação das tecnologias digitais estará condicionado pela pluralidade de tempos e agências locais que devem ser articulados, além de todos os desafios culturais, econômicos e políticos, próprios de um macro sistema de saúde pública. Nesse quadro, são propostas teorias sobre regimes de informação, considerando que sua flexibilidade, transversalidade e pluralismo epistemológico, ofereceriam maior liberdade analítica e descritiva. do ponto de vista da reconstrução de ações, sistemas e, recursos de informação e de paradigmas de políticas tecnológicas. Como cuidado e fortalecimento das premissas democráticas, cabe lembrar que o sucesso da implementação das tecnologias de informação e suas possibilidades inovadoras, requer mais que o acesso e a transparência das informações, um processo continuo de aprendizagem crítico sobre modelos, fontes e dispositivos de informação em e para a saúde, sua produção, efeitos e validade. Esse processo de aprendizagem deve incluir a todos, os desenvolvedores de política e os gestores, os pesquisadores e os profissionais da clínica, mas muito especialmente o cidadão-usuário e protagonista do SUS.
There are complex and multiple resources and information flows that daily aim to link health care with the expectations and needs of the Brazilian population. Digital technologies are competent to process and translate all languages, but are mediated by codes, norms and standards. They inscribe their operational logics on the contexts in which they act, but are contaminated by organizational regulatories demarcations. The design and implementation of digital technologies will be conditioned by the diversityof local times and agencies that must be articulated, as well as all the cultural, economic and political challenges inherent in a macro public health system. In this framework, theories on information regimes are proposed, considering that their flexibility, transversality and epistemological pluralism, would offer greater analytical and descriptive freedom, from the point of view of the reconstruction of actions, system and information resources and paradigms of technological policies. As care and empowerment of democratic assumptions, it is worth remembering that the success of the implementation of information technologies and their innovative possibilities requires more than access and transparency of information, acontinuous process of critical learning about information models, sources and devices in and for health, its production, effects and validity. This learning process should include all, policy makers and managers, researchers and clinic profissionals, but especially the citizen-user and protagonist of SUS.