O presente artigo visa apresentar e discutir um mapeamento de comunidades religiosas de matriz africana presentes na cidade de Eunápolis, extremo-sul da Bahia, bem como traçar alguns itinerários de memória acerca da fundação e tradição étnica/identitária dessas comunidades, com vistas a contribuir com o desvelamento, o conhecimento desses espaços e religiões e com os debates sobre a intolerância religiosa no município notadamente, no qual impera um processo de silenciamento e invisisibilização das tradições afro-brasileiras. Inicialmente, foi feita pesquisa para identificar a localização das comunidades religiosas na cidade, seguida de mapeamento e entrevista com as sacerdotizas e sacerdotes dos templos visitados. Para tanto, nos direcionamos por alguns autores e pesquisadores brasileiros, tais como Edson Carneiro, Reginaldo Prandi e Alessandra Nascimento, que discutem questões referentes à localização, visibilidade e relações sociais de comunidades religiosas de matriz africana. Este estudo foi realizado junto ao Projeto Sankoka: Mapeamento e Itinerários de Comunidades de Terreiro, no âmbito do Grupo de Estudos Interdisciplinares em Cultura, Educação e Sociedade-GEICESIFBA.