O presente artigo tem por objetivo analisar brevemente o conceito de intelectual engajado, partindo da observação do romance Americanah (2014), de Chimamanda Ngozi Adichie, e de que forma talintelectual pode utilizar a mídia radical alternativa como veículo para divulgação de perspectivas contrahegemônicas. Para tanto, conta com o aporte teórico de Downing (2004) e Bhabha (2013), além de Chauí (2005) e Santos (2009). Discorre, também, sobre a hipótese da autora nigeriana ter se valido de estratégias de autoficcionalização para compor seu romance, com base em Crosariol (2011) e Carvalho (2009). A partir da perspectiva da protagonista do romance, conclui que a personagem, enquanto intelectual engajada socialmente e reflexo da própria autora da obra, faz uso de veículos midiáticos alternativos para difundir suas opiniões e observações, atuando como produtora de conteúdo alternativo contra-hegemônico.