Neste artigo,discutimos a criminalização do aborto na sociedade brasileira, instigadas pelo documentário Clandestinas. Nele, por meio da interpretação de atrizes, são contadas histórias de mulheres que realizaram aborto por diferentes motivos. Sua produção se deu a partir da compilação dos depoimentos de mulheres de diferentes lugares, raças e classes sociais, as quais contam suas experiências com a prática do aborto, deixando evidente as desigualdades quanto ao tratamento recebido no processo de enfrentamento de um fenômeno comum a todas elas. Nosso propósito é discutir o caráter violento que essa criminalização expressa, recorrendo ao conceito de violência simbólica de Pierre Bourdieu e nos valendo de dados disponibilizados por pesquisadores brasileiros que se debruçaram frente ao esforço de compreender peculiaridades de nossa sociedade em relação a questão do aborto.
In this article we discuss the criminalization of abortion in Brazilian society, instigated by the documentary Clandestinas. In it, through the interpretation of actresses, are told stories of women who had abortions for different reasons. Its production was madeofthe compilation of the testimonies of women from different places, races and social classes, who tell their experiences with the practice of abortion, making evident the inequalities regarding the treatment received in the process of facing a phenomenon common to all of they. Our purpose is to discuss the violent character that this criminalization expresses, using the concept of symbolic violence,by Pierre Bourdieu,and using data provided by Brazilian researchers who have looked at the effort to understand the peculiarities of our society in relation to the issue of abortion.
En este artículo discutimos la penalización del aborto en la sociedad brasileña, instigadaspor el documental Clandestinas. En ello, a través de la interpretación de las actrices, se cuentan historias de mujeres que han abortado por diferentes motivos. Su producción se dio a partir de la recopilación de testimonios de mujeres de diferentes lugares, razas y clases sociales, que relatan sus experiencias con la práctica del aborto, poniendo en evidencialas desigualdades en cuanto al trato recibido en el proceso de enfrentarse a un fenómeno común a todas ellas. Nuestro propósito es discutir el carácter violento que expresa esta criminalización, recurriendoal concepto de violencia simbólicade Pierre Bourdieu y utilizando los datos proporcionados por investigadores brasileños que se han centrado en el esfuerzo de comprender las peculiaridades de nuestra sociedad en relación ala cuestión del aborto.