Nesta pesquisa investigou-se como se forma o pensamento ético e moral de Tomás de Aquino desde o agir do homem particular até sua psicologia, vista aqui não de modo científico como atualmente, mas de modo metafísico, o qual abarca um estudo sobre a alma humana. Ora, toda a ação externa do homem não difere de sua estrutura interior, ou seja, suas ações exteriores são reflexos de uma vida interna, uma estrutura constitutiva do próprio ser, que é gerida e governada pelas suas mais altas potências: o intelecto e a vontade. Todas as suas operações andam como que de mãos dadas, sua vida prática nada mais é do que a continuação de seu agir individual e para os outros com quem convive. Assim, este estudo pretende observar o que compõe o agir moral e, depois, um vislumbre da composição da psique desde o ponto de vista tomista, bem como uma correta ordenação das potências anímicas de ordem moral pela consecução do amor como ferramenta ordenadora. Na presente pesquisa adota-se como método a análise das fontes tomasianas mais intimamente ligadas ao tema proposto, principalmente a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. A raiz antitomista da modernidade filosófica (2018) que juntamente com A ética das virtudes segundo Tomás de Aquino (2017), o livro De Aristóteles a Freud (2019) e o livro Cosmogonia da desordem: exegese do declínio espiritual do ocidente, do professor Sidney Silveira, compõem o arcabouço teorético deste trabalho. Através desta pesquisa pretende-se verificar a concepção de homem na visão tomasiana e observar, deste modo, como uma antropologia metafísica contribui para se pensar o homem na contemporaneidade bem como indicações de possíveis soluções para um sem número de problemas de ordem psíquica e moral.