O suicídio é um problema de saúde pública em todo o mundo, relacionado a diversos fatores predisponentes, dentre eles o sexo do suicida e a sazonalidade. Este estudo teve como objetivo analisar os casos de suicídio registrados na Seção Técnica de Perícia de Crimes Contra a Vida do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais, Brasil, nos municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Rio Acima e Raposos, no período de 2014 a 2017. Utilizou-se o Qui-quadrado e o teste Exato de Fisher para as comparações estatísticas (diferenças significativas se P < 0,05). Foi analisada a frequência para cada gênero de 497 suicídios ocorridos em diferentes épocas do ano, em diferentes anos, e de acordo com o método empregado. Nenhum efeito sazonal foi observado sobre a frequência de suicídios. Entretanto, a frequência geral de suicídios masculinos foi três vezes maior que a de femininos, bem como maior em diferentes épocas do ano e diferentes anos. O método mais utilizado foi o enforcamento, seguido da precipitação de grande altura, da ingestão de substâncias tóxicas e do uso de arma de fogo, sendo o enforcamento e o uso de armas de fogo mais frequente em homens do que em mulheres. Conclui-se que, nos municípios e período estudados, independentemente da sazonalidade, a frequência de suicídios foi maior em homens do que em mulheres. O enforcamento foi o método mais utilizado em geral, mais utilizado por homens do que por mulheres.