Identificação é o processo pelo qual se estabelece a identidade de uma pessoa ou coisa, baseando em caracteres ou conjunto de qualidades que a distingue de todas as outras e igual apenas a si mesma. Dentre os métodos mais empregados estão o exame de DNA, a papiloscopia e a odontologia forense, que se destaca por ter alta resolutividade, celeridade e baixo custo. Este artigo teve como objetivo o relato de dois casos de indivíduos carbonizados, que foram admitidos no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte-MG, sem identificação formal, sendo rotulados como desconhecidos. Após o exame odontolegal foram realizados os confrontos com as características dos prontuários odontológicos disponibilizados pelas famílias. Em um dos casos o prontuário odontológico apresentava-se com poucos elementos para comparação. No outro, era rico em informações como radiografias, fotografias e registro dos tratamentos executados. Os casos relatados demonstraram a eficácia do método odontológico e a importância fundamental da documentação completa do paciente realizada pelo cirurgião-dentista proporcionando maior robustez na identificação positiva.