Controle difuso de convencionalidade: casos de atuação da Defensoria Pública da União

Revista da Defensoria Pública da União

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ISSN: 24484555
Editor Chefe: Erico Lima de Oliveira
Início Publicação: 18/10/2018
Periodicidade: Semestral

Controle difuso de convencionalidade: casos de atuação da Defensoria Pública da União

Ano: 2020 | Volume: 14 | Número: 14
Autores: M. C. G. M. Setenta
Autor Correspondente: M. C. G. M. Setenta | [email protected]

Palavras-chave: Defensoria Pública, Direito Internacional dos Direitos Humanos, controle de convencionalidade, diálogo entre Cortes.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A  promoção  dos  direitos  humanos  implica  buscar  o  respeito  aos  tratados  e  convenções  internacionais  que  estabelecem  regras  de  proteção,  levando  ao  crescimento  da  relação  entre  o  Direito  Interno  e  o  Direito  Internacional.  Nessa  interação  surge  o  controle  de  convencionalidade  como  mecanismo  de  tutela  dos  direitos  humanos,  por  meio  da  afe-rição  de  compatibilidade  entre  o  ordenamento  jurídico  pátrio  e  as  normas  de  direito  internacional. O Brasil está inserido no Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos e reconheceu a jurisdição obrigatória da Corte Interamericana de Direitos Hu-manos, podendo ser processado em ações de responsabilidade internacional por violação de direitos humanos, obrigando-se, assim, a implementar suas decisões. Além do sistema regional, o Brasil integra o sistema universal ou global de proteção aos direitos humanos. Nessa ordem de ideias, o presente estudo propôs-se a investigar a atuação da Defensoria Pública da União por meio do controle difuso de convencionalidade, ou seja, aquele leva-do a efeito em âmbito interno pelos órgãos jurisdicionais domésticos. Constatou-se que, mesmo com limitações, o mecanismo do controle de convencionalidade é instrumento para a tutela dos direitos humanos, porquanto relacionado à nova doutrina que prestigia esses direitos e promove uma interlocução entre o direito interno e o direito internacional, com enfoque na maior proteção ao indivíduo.



Resumo Inglês:

The  advancement  of  human  rights  implies  in  searching  the  observance  of  international  treaties and conventions that establish rules of protection, promoting the development of the relation between Domestic and International Law. In this interaction, the conventionality control rises as a mechanism of human rights guardianship, by assessing the compatibility between  the  national  legal  framework  and  the  international  law  rules.  Brazil  is  inserted  in the Interamerican System of Protection of Human Rights and admits the mandatory jurisdiction  of  the  Interamerican  Court  of  Human  Rights,  with  the  possibility  of  being  prosecuted  to  the  international  accountability  on  human  rights  violations,  forcing  itself  to implement those decisions. Besides the regional system, Brazil also is a member of the global  human  rights  protection  system.  With  that  in  mind,  this  article  investigates  the  acting of Defensoria Pública da União (the Brazilian National Public Defender’s Office) in  the  systematic  of  diffuse  conventionality  control,  the  one  enforced  by  the  domestic  jurisdictional entities. The verification is that, even with certain limitations, the mechanism of conventionality control is an instrument to human rights protection, since it is related to the new doctrine that honors these rights and promotes a new interlocution between domestic and international law, focusing on the protection of the person.