Apesar da existência de dezenas de pistas de skate na cidade de São Paulo – espaços considerados “próprios” para o skate -, a maioria dos skatistas da modalidade street skate confere maior importância à prática feita nas ruas, onde, para muitos, se “anda de skate de verdade”. A atração que elas exercem é a possibilidade de encontrar diferentes tipos de picos, ou seja, equipamentos urbanos (bancos, corrimãos, escadas, canteiros) obstáculos onde se realizam as manobras. Este artigo busca analisar como os skatistas usam e se apropriam de certos espaços da cidade que não foram planejados para a prática do skate. De um modo geral, por meio do trabalho de campo realizado vislumbra-se relativizar o espaço urbano como algo fixo e com práticas determinadas.
Although there are dozens skate parks in the city of Sao Paulo, most of skateboarders gives greater importance to the practice done in the streets. What attracts them is the possibility of finding different types of urban equipments (curbs, handrails, stairs, gaps, etc.) that become obstacles where realize the tricks. This article aims to analyze how the skateboarders use certain areas of the city that were not planned to the practice of skateboarding. Through fieldwork can be question the urban as something fixed and with certain determined practices.