O conjunto entrelaçado de ferros plantados no solo de grandes centros urbanos, destinados a servir de suporte às paredes que dividem espaços públicos, funcionam inevit avelmente nos tempos modernos como elementos de construção que também germinam raízes para dar vida a um novo conceito de paisagem. A ideia que emerge não é apenas uma mudança de percepção, mas também um novo olhar para a paisagem urbana . Os espaços públicos cercados por muros de concreto, marcam no horizonte uma nova concepção de apropriação da cidade e seu próprio desenho urbano. Tais fatos culminam na criação de zonas espaciais criadas pela percepção do usuário e que são determinantes para o uso dos espa ços públicos contemporâneos. Por meio de uma abordagem fundamentalmente feita pela leitura do panorama nessas cidades como método de investigação, procurou -se compreender esse contexto a partir do conjunto de interações em espaços públicos de convivência, a partir da própria hipótese concreta de que as transformações correlatas à expansão urbana trazem no seu contexto, como um efeito inevitável à arte de rua, o muralismo, ou mesmo através de jardins verticais, uma nova perspectiva de enfrentar a paisagem ur bana.