Este artigo tem como objetivo fazer algumas reflexões sobre a crise do capital e o aumento das desigualdades para a classe-que-vive-do-trabalho em contexto de pandemia, em suas dimensões sociais, políticas e econômicas, levando em consideração a interseccionalidade das relações de classe, gênero e raça/etnia no Brasil. Foram realizadas análises por meio do método histórico-dialético da bibliografia e das produções recentemente socializadas. Verificou-se que a ideologia professada de que “estamos no mesmo barco”, como um grande equalizador de classes no enfrentamento da pandemia, na verdade, exacerba e aprofunda ainda mais as desigualdades, e deixa claro quem está pagando os custos da crise. Diante disso, o que fica notório, ao longo da discussão proposta, é que estamos vivendo a mesma tempestade, mas não no mesmo barco. Por trás da pandemia, há uma verdadeira guerra de classes em andamento. Portanto, a luta em defesa da vida é uma luta de classes, é uma luta anticapitalista.
Thisarticleaimstobringaboutsomereflectionsonthecapitalcrisisandthe increase in inequalities for the working-class in a pandemic context, regarding its social, political and economic dimensions. With that, we also list some elements to think about the intersectionality between the relations of class, gender, race / ethnicity in Brazil and their expressions in time-spaces of the pandemic of covid-19.Analyzes were carried out through the historical-dialectical method of bibliography and recently socialized productions. It was found that the professed ideology that “we are in the same boat”, as a great class equalizer in facing the pandemic, actually exacerbates and deepens inequalitiesevenmore,andmakesitclearwhoispayingthecostsofthecrisis.Inview of this, what is noticeable throughout the proposed discussion is that we are experiencing the same storm, but not in the same boat.