Este texto pretende responder à questão: Como mediar práticas de leitura literária na educação infantil? Sabe-se que a atitude dos pequenos diante do livro deriva de suas oportunidades de acesso a ele, por isso, o artigo também objetiva subsidiar o desenvolvimento de práticas de leitura literária pelos docentes a partir de discussão teórica e experiências de mediação. Metodologicamente, é um recorte de pesquisa qualitativa realizada por estudo de caso etnográfico, que teve como universo uma Bebeteca e como sujeitos, a pesquisadora e crianças de Berçário e Maternal. Os resultados mostram que a mediação literária possibilita a aquisição de gestos leitores embrionários desde os bebês que balbuciam, pegam os livros, levam-nos à boca, tentam folheá-los, voltam à capa, atentam-se por mais tempo em uma página do que em outra, passam as mãozinhas para sentir a textura da folha, ou seja, há melhoria na postura de leitor, no como se sentar para ouvir a história; gradativamente, amplia-se a qualidade da atenção que direcionam às atividades de escuta; há o estabelecimento de conexões entre o lido e suas vivências; o vocabulário é enriquecido e a função social da leitura ganha significado na vida dos (bem) pequenos a partir do contato prazeroso (e mediado) com o objeto livro e suas narrativas. Conclui-se que mediações docentes podem ser adequadas ao aprendizado e ao desenvolvimento da atitude leitora ao considerarem o uso de estratégias de leitura (SOLÉ, 1998; GIROTTO e SOUZA, 2010; WHITEHURST, 2002) desde os pequenininhos como os bebês.
This text intends to answer the question: How to mediate literary reading practices in early childhood education? It is known that the attitude of young children towards the book derives from their opportunities to access it, therefore, this article also aims to subsidize the development of literary reading practices by teachers from theoretical discussion and mediation experiences. Methodologically, it is an excerpt of qualitative research carried out by an ethnographic case study, whose universe was a Bebeteca and as subjects, the researcher and children from Nursery and Preschool. The results show that literary mediation makes it possible to acquire embryonic reader gestures from babies who babble, pick up books, put them in their mouths, try to leaf through them, return to the cover, focus on a page for longer than in another, they pass their hands to feel the texture of the paper sheet, that is, there is an improvement in the reader's posture, in how to sit down to listen to the story; gradually, the quality of the attention that they pay to listening activities is increased; there is the establishment of connections between what is read and their experiences of life; the vocabulary is enriched and the social function of reading takes on meaning in the lives of the (very) little ones from the pleasant (and mediated) contact with the book in itself and its narratives. It is concluded that teaching mediations can be adequate to the learning and the development of the reading attitude when considering the use of reading strategies (SOLÉ, 1998; GIROTTO and SOUZA, 2010; WHITEHURST, 2002) since the little children as much as babies.
Este texto procura responder la pregunta: ¿Cómo mediar en las prácticas de lectura literaria en la educación de la primera infancia? Se sabe que la actitud de los más pequeños hacia el libro se deriva de sus oportunidades para acceder a él, por lo tanto, esa investigación también tiene como objetivo subsidiar el desarrollo de prácticas de lectura literaria por parte de los docentes a partir de debates teóricos y experiencias de mediación. Metodológicamente, es un extracto de investigación cualitativa realizada por un estudio de caso etnográfico, cuyo universo era un Bebeteca y, como sujetos, la investigadora y los niños chiquitos de Guardería y Maternal. Los resultados muestran que la mediación literaria hace posible adquirir gestos de lectores embrionarios desde bebés que balbucean, recogen libros, se los llevan a la boca, intentan hojearlos, regresar a la portada, enfocarse en una página por más tiempo que en otra, pasan sus manitas para sentir la textura de la hoja, es decir, hay una mejora en la postura del lector, en cómo sentarse para escuchar la historia; gradualmente, se aumenta la calidad de la atención que conceden a las actividades de escucha; existe el establecimiento de conexiones entre la lectura y sus experiencias de vida; el vocabulario se enriquece y la función social de la lectura adquiere sentido en la vida de los (muy) pequeños a partir del contacto agradable (y mediado) con el objeto libro y sus narraciones. Se concluye que las mediaciones de enseñanza pueden ser adecuadas para el aprendizaje y el desarrollo de la actitud lectora al considerarse el uso de estrategias de lectura (SOLÉ, 1998; GIROTTO y SOUZA, 2010; WHITEHURST, 2002) desde los más chiquitos como a los bebés.
