Este ensaio busca um significado do dogma “extra Ecclesiam nulla salus” (“fora da Igreja não há salvação”) para os dias de hoje. De sua interpretação exclusivista e eclesiocêntrica, que dominou a história da Igreja até o Concílio Vaticano II, é possível encontrar outro tipo de interpretação que atinge nas fontes patrísticas. Inicialmente dirigido aos apóstatas que rompiam com a comunhão na Igreja, o conteúdo deste enunciado foi estendido só aos poucos aos não cristãos como forma de condenação e de coerção proselitista. Ainda aparece na doutrina oficial apontando para a necessidade da mediação da Igreja para a salvação. Mas ao retomarmos seu sentido originário, podemos descobrir outra relevância, atual e profética.
This essay seeks a meaning of the dogma “extra Ecclesiam nulla salus” (“outside the Church no salvation") for the present day. From its exclusivist and ecclesiocentric interpretation, which dominated the history of the Church up to the Second Vatican Council, it is possible to find another type of interpretation that reaches in the patristic sources. Initially addressed to apostates who broke with communion in the Church, the content of this statement was gradually extended to non-Christians as a form of condemnation and proselytizing coercion. It still appears in the official doctrine pointing to the necessity of the Church's mediation for salvation. But by retaking its original meaning, we can discover another relevance, current and prophetic